quinta-feira, outubro 22, 2009

Do meu passado...

És Vislumbrante!
Como o Vento Vívido, que Viaja
pelas Vastas terras Verdejantes,
Velando pelas almas que encontra.

Vários espíritos Virtuosos
Vendo tua beleza Vacilaram,
ouvindo tua Voz, gelaram os ossos
e Viram-se Vãos.

Vagueio em sua busca,
Velejo mares e ares.
Vejo apenas Vazio,
Espero Voltar à Ver-te
antes de Versejar outro Verso.
Voar na Virtuosa Visão de tua Vistosa presença.

É o que espero de minha Vida,
Vez após Vez.
Fazer minha palavra Valer algo,
Não apenas uma história.
E todo esse Vaivém de Versos
Pra dizer que Te Amo, Vitória!

Filipe Torresi Rissetto

terça-feira, outubro 20, 2009

Dos Caminhos que trilhamos




Ao andar na estrada de acontecimentos da minha vida,
olhei ao lado e te vejo vindo em minha direção.
Não sei se devo esperar-te pois não sei se me vês em seu caminho.
Já encontrei contigo em tantos outros cruzamentos dessa estrada
mas este é diferente, assim como nossas vidas e nossos momentos.
Sei que não temos o mesmo destino e não vamos para o mesmo [lugar,
eu so queria estar contigo e posso te acompanhar onde quer que [você vá
até que voltemos à caminhar sozinhos.
Só não sei se irei contigo, pois não sei se me vês em seu caminho.

Filipe Torresi Rissetto, 21/10/2009

segunda-feira, outubro 19, 2009

Os teus olhos distantes do passado me olharam antes de eu dormir e lembraram de sonhos antigos, que eles ou eu precisavam reviver.

sábado, outubro 17, 2009

Meus Poemas são Teus.

Meus Poemas são Teus.
Não pertencem mais à mim ou qualquer de meus Eus
e se hoje penso em você ao escrevê-los
é porque já não existe outra maneira.
Cada palavra é meus dedos entre teus cabelos.
Cada frase é uma busca por teus lábios.
Cada rascunho tem seu nome nas beiras.
Cada poema é interminado, até que você o termine para mim.
Cada Eu é incompleto, até que você me termine.
Cada dia antes de lhe ver precede um dia Sublime
e cada som que sai da minha voz, clama por esse dia
que não pertence mais à mim ou qualquer de meus Eus,
Pertence à nós.

Filipe Torresi Rissetto, 17/10/2009.

sexta-feira, outubro 16, 2009

Poema inacabado e sem título.

Àquela noite, noite infindada,
como a fértil mente dos poetas
do caos; Profetas de vestes pretas
decoradas de retalhos amarelhos que
difundem a noite e a luz das estrelas,
até mesmo aquelas que ainda não existem.

Percebe? É a chuva lá fora,
e, embora eu observe do alto,
nunca estive tão pequeno como agora.

No quarto, em cima de uma prancheta
estão meus projetos, inacabados,
mas nada, nada é pequeno
o suficiente para ter um fim,
assim, o fim por si mesmo
é contraditório e infundado.

Interminado, como a chuva passado,
Infinito, como a mente do poeta,
Irremediável, como o dom do profeta,
Completo, como aquela noite,
aquela noite infindada.


Filipe Torresi Rissetto e Ellington de Souza, 05/2008

quarta-feira, outubro 14, 2009

Fogueira.




A fogueira queima e a música toca.
Todos pulamos e cantamos.
A coruja vai e volta.
Esta noite, festejamos.

A música toca e a fogueira queima,
a noite é fria e o vento é forte,
meche a chama, que continua acesa, por sorte,
e o vento sopra e teima.

Esta noite, celebramos,
relembramos os Heróis antigos.
Fala a boca e ouvem os ouvidos.

Esta noite, celebramos,
e até o sol deixar sua toca,
a fogueira queima e a música toca.


Filipe Torresi Rissetto, 26/09/2008

segunda-feira, outubro 12, 2009

Sem Título.



Respiro com o farfalhar das folhas.
Meu coração pulsa com o ranger dos troncos.
Tento entender as Árvores enquanto falam entre si.
Visito-as todos os dias e,
aos poucos, vou criando raízes aqui.
Tenho a esperança de, um dia, me tornar uma delas.

Filipe Torresi Rissetto, 12/10/2009

Aos Poetas Verdadeiros.

Aos Poetas Verdadeiros! Estas criaturas místicas
que quando despertam de sua incerteza e descobrem em que [mundo vivem,
Tentam ensiná-lo aos homens para que estes possam desfrutar de [seu regogizo,
Mas poucos os dão atenção, destes poucos, poucos realmente [entendem,
estes podem até não saber mas também são poetas
e podem desfrutar e serem desfrutados pela natureza de uma nova [maneira.
Sendo retribuídos pela natureza quando ela se mostra em sua real [perfeita magnitude
e o Poeta também retribui, cantando ao mundo sua beleza.


Filipe Torresi Rissetto, 11/10/2009

quinta-feira, outubro 08, 2009

Da Saudade que senti.




Estou a muito tempo na chuva,
na verdade, sempre estive Lá
e descobri que aqui você não está.
O frio me é familiar enquanto ando por aqui,
assim como como também é ao lembrar de ti
e, na saudade que senti (e ainda sinto)
é prazeroso entrar na chuva para te encontrar,
para relembrar...

Filipe Torresi Rissetto, 08/10/2009

quarta-feira, outubro 07, 2009

Pela minha terra esquecida.

Sinto falta da brisa de minha terra natal.
Este lugar está morto e assombrado
não pelo espírito, mas pela forma carnal.
Os homens daqui tem o espírito enjaulado no corpo.
Agem como se nada mais fosse sagrado
além de suas máquinas sem coração
com barulhos disformes, criando a desordem no som.
Serve de aviso àqueles que ainda tem o espírito livre,
"Fiquem longe, aquele que aqui entra
abandona toda esperança. Não há volta".
É raro aqui um homem que olhe um objeto natural
e o ache mais valioso que uma vida artificial
e este homem que sou eu, mal pode esperar seu momento final
pois, não foi nessa terra que nasci, mas foi isto que ela se tornou.
Eu sinto, mas sei que nunca verei minha terra natal.

Filipe Torresi Rissetto, 07/10/2009

terça-feira, outubro 06, 2009

Incerteza

Forço para dentro de mim a escuridão
para tentar preencher o vazio de você.

Enquanto aqui, deitado em sonhos passionais,
gostaria de olhar não para o meu coração,
mas para o teu.

Mal sabes, mas assassinou-me friamente
com tua presença e olhar quente.
Hoje, sou o Fantasma de uma alegria
somente presente ao teu lado
ou quando tua memória em minha mente chama.
E o sentimento que se sente
e a lágrima que se derrama,
em mim, tem seu nome marcado.

Já entreguei-me à ti numa bandeija
pois és quem minha alma agora deseja.
Deixo-me em tuas mãos.
Enfrentarei minha incerteza da tua decisão
e sequer tenho um esboço de reação singela
ao ver meus calmos pensamentos tornarem-se ondas
por pensar que, por fim, meu fim,
seja qual for, no fim das contas
não pertence somente à mim.

Filipe Torresi Rissetto, 06/10/2009

segunda-feira, outubro 05, 2009

Releitura do sonho de uns dias passados.

Ela deteve-se ao assinar o quadro,
levantou e foi se sentar na frente da janela.
A luz alaranjada do sol no fim da tarde entrava no quarto.
No local havia Telas, Tintas, Pincéis
e a silhueta dela, pintada de laranja pela luz lá de fora.

Eu não conhecia a mulher, agora, o quadro era-me familiar.
Quando acordei, esta foi a situação que encontrei
ou talvez, acordei quando a situação me encontrou...
Fui até a janela, ainda desorientado pelo sono.
-Onde estou - Perguntei.
Lá fora eu podia ver uma praia pintada de ouro

com o sol já dividido pelo horizonte,
E o mar ainda, meio bravio com o vento.
A mulher ao meu lado, de saia e pés descalços
virou-se para mim e respondeu:
-Você está no verdadeiro Paraíso - E me beijou.
Ao fazê-lo, sabia conhecê-la em algum lugar da minha mente,
mas, nesse momento nada mais importava.
Quem eu era, onde estava, como cheguei ali, nem o momento
tinha qualquer outro significado que não aquele,
e nenhuma palavra podia ser ouvida pois,
naquele momento eu havia encontrado a mulher que,

por um momento,
eu amei pelo resto da minha Vida.

Filipe Torresi Rissetto, 05/10/2009




domingo, outubro 04, 2009

Viagem do corpo estático.

Andava fantasmagoricamente pela casa escura,
a única luz era a brasa do meu cigarro.
Minha mente criou asas, e desapareci no meio da fumaça.

04/10/2009

sexta-feira, outubro 02, 2009

XXVIII (Sem título nem data)

Percebi que não sei de nada,
Mas não me importa.
Ontem são águas passadas.
Abandonei a linha reta
para caminhar na trilha torta.

Tenho uma ou duas metas
que vão mudando com o tempo.
Vou caminhando, tantando chegar em algum lugar,
ou, às vezes nem tento.
Nem ligo, nem percebo, nem me importo mais.
Planos tendem à falhar
e não quero calcular probabilidades.

Cansei de possibilidades
e não quero mais saber.
Não sei nem do amanhã sequer,
sei apenas que um dia vou morrer,
mas vai ser apenas outro dia qualquer.


Filipe Torresi Rissetto

Desejos.

Ah! A tua beleza me é tão estonteante!
Mas ainda falta eu conhecer tanto de ti!
Parece-me que se escondem,
atrás das janelas da tua alma,
Uma infinidade de paraísos perfeitos
onde eu moraria, alimentado por ilusões.

Em tua presença, encho-me de sorrisos
e deixo que teus lábios cantem
a melodia que decici escutar.
Ecoa uma voz na minha cabeça:
'És quem tanto esperei?'
A voz é minha, mas não sei responder.

Minha voz, Minha vontade, Meu receio.

Tenho medo. Medo de te perder,
mesmo sem nunca ter-lhe tido.
Queria a certeza da reciprocidade,
só o que tenho é o que creio ser.
Não é o suficiente.
Não posso agir baseado nisto,
um erro pode estragar tudo
e afastar-lhe de mim,
Mas padeço enquanto espero.
Temo terminar como um velho candelabro
gasto pelo tempo, não pelas velas que nunca usou.

Preciso da tua presença, quero tua atenção
para que descubras o que quero dizer
pois, assim que nossos olhares se cruzam
quero mergulhar em braços teus
e esquentar meu gelado coração.

Pois cada um dos desejos meus
é deixar que, assim como as rosas,
meus lábios floressam nos teus.

Filipe Torresi Rissetto, 02/10/2009