sexta-feira, outubro 16, 2009

Poema inacabado e sem título.

Àquela noite, noite infindada,
como a fértil mente dos poetas
do caos; Profetas de vestes pretas
decoradas de retalhos amarelhos que
difundem a noite e a luz das estrelas,
até mesmo aquelas que ainda não existem.

Percebe? É a chuva lá fora,
e, embora eu observe do alto,
nunca estive tão pequeno como agora.

No quarto, em cima de uma prancheta
estão meus projetos, inacabados,
mas nada, nada é pequeno
o suficiente para ter um fim,
assim, o fim por si mesmo
é contraditório e infundado.

Interminado, como a chuva passado,
Infinito, como a mente do poeta,
Irremediável, como o dom do profeta,
Completo, como aquela noite,
aquela noite infindada.


Filipe Torresi Rissetto e Ellington de Souza, 05/2008

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