pois quando em solidão o desalenta,
manda a lua, e sua luz indireta
acariciar a alma daquele que lamenta.
O contínuo silêncio da ausência,
disfarçado por batidas de prato e saxofone
criam o fundo de um jazz insone,
então o poeta regojiza e pede clemência,
ao mesmo tempo, num breve segundo.
A falta que sente não se justifica,
pois sabe que um ser deve bastar-se
a si próprio mas ele cede
pois ainda acredita
que sua vida seria mais rica
se sua completude bailasse
com ele, então ele pede,
fica.
Filipe Torresi Rissetto, 16/04/2017
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