domingo, janeiro 08, 2017

Tolice

Ainda não aprendi como não ser um tolo,
Temo pelo sei, padeço pelo acho,
Invento cenários em pencas e cachos,
Ponho asas nas idéias e nelas decolo.

Quando o ideal é se manter no chão
ou quem sabe, até mesmo no subsolo
para tentar controlar a imaginação.
Com uma alegria passageira, eu cantarolo.

Desacredito de todas as promessas
mas existem as que quero acreditar,
Daqueles momentos que nos tiram o ar.

08/01/2017

quarta-feira, janeiro 04, 2017

Beneath the surface

Eu escrever alguma coisa hoje, mas ia ser algo exatamente assim, então, tá aí.




terça-feira, janeiro 03, 2017

Dos caminhos

Nos deparamos, constantemente, com as bifurcações dos caminhos da vida,
A trilha mais longa, que transforma em homem o franzino,
A mais curta, sempre a mais sofrida,
E a mais agradável, que parece não levar a lugar algum, e nos deixa a mercê do destino.
Depois de um ponto, não se permite mais voltar.
Então ainda torço pra q a última me leve a algum lugar.


03/01/2017

segunda-feira, janeiro 02, 2017

Espera

De ti, ainda não tive o suficiente
Quero mais que alguns minutos,
Quero que o tempo seja negligente
e esqueça de passar, fique irresoluto.

Minha boca tem urgência da sua pele,
Meu corpo anseia pelas marcas que me deixa
e quando não as tem, se queixa,
temendo que sem o calor, congele.

Quero entender suas vontades,
Quero um beijo embaixo de uma tempestade,
Quero faíscas e intensidade.

Querer demais é um problema,
Pois desejo aquilo que não me pertence.
Enquanto isso me agarro a poemas,
acreditando que a espera me recompense.

02/01/2017

domingo, janeiro 01, 2017

Feliz caminho novo

Existe, para o poeta, outro caminho que não a auto-destruição?
Seja do corpo, da mente ou da emoção.
Seria porque as musas se compadecem
daqueles que pouco se importam consigo mesmos?
Pois assim, com palavras belas
podem maquiar seus esforços a esmo
de não se importar, de tentar virar o rosto
para aquilo que tentam mudar.
Dentro ou fora de si, existe um desgosto
e uma mão que impede de agir,
que prende na contemplação
e presenteia com a arte,
dá olhos que enxergam a beleza no vil,
no lúgubre, na incapacidade de ação,
no ínfimo desejo de ser mais forte...
E observam cada tristeza parecer
tão imutável quanto a própria morte.

01/01/2017