quarta-feira, novembro 04, 2009

Contemplações




Acordei e ainda estava escuro. Quatro da manhã, ela, ao meu lado dormia. Arrumei seus cabelos enquanto olhava seu pacífico rosto que vez ou outra se movia levemente. Que será que sonhas? Fiquei ainda um bom tempo vivendo aqueles momentos nos sonhos dela, então me levantei pra fumar um cigarro.
Sentei na cadeira de plástico da varanda à 9 andares do chão, sem camisa o vento batia em meu peito ainda um pouco frio, mas era uma madrugada agradável. O céu ostentava uma beleza magnífica à todos que naquele momento estivessem acordados.
O cigarro na boca, o frio no peito e ela na cabeça. Pensei em escrever alguns versos ali mesmo, pois tudo agora era propício.
Queria primeiramente escrever algo concreto, algo maciço, objetivo, Mas sou uma pessoa subjetiva e todos os meus sentimentos são enevoados, portanto, foi assim que escrevi. Estava meio ausente da escrita, mas escrevia de maneira sagaz, encarniçado por mais e mais e mais!
Ao primeiro feixe de luz tinha inúmeras páginas de palavras que nem me lembrava de ter escrito, enquanto eu lia, ela acordou, dei-lhe os poemas que descobri ter-lhe acabado de escrever eo beijo deslocou-nos tempo pra onde vivemos pra sempre.

Filipe Torresi Rissetto, 03/11/2009

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