domingo, novembro 01, 2009

Áspero, cavalo e cego

Toco o seu corpo áspero, salpicado de areia e com cheiro de mar.
Quero cada grão da sua pele em fricção com cada grão do corpo meu.
Sou agora um pedaço de carne cego e rodeado de prazeres,
prazeres que gritam por ela,
que capturam-me em desejos dos quais não posso mais escapar,
que me fazem um sagaz cavalo em corrida, almejando a chegada
onde a encontrarei e onde terei um sonho entre meus braços,
pelo menos por um momento.

Filipe Torresi Rissetto

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